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Simulação de trabalho realizado por uma força.

Leia a instrução passando o mouse na figura abaixo e acesse a simulação clicando no link ao lado.

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Link: https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/the-ramp


Para um corpo se movendo sobre um eixo x, sujeito à uma força variável F(x), o trabalho realizado pela força entre as posições  x_i e x_f é dado por

    \[ \tau = \int_{x_i}^{x_{f}} F(x) dx \]

Se F(x) for a força resultante, temos que

    \[ F(x) = m a \]

Desta vez, a aceleração a não é mais constante e portanto não podemos mais utilizar as equações do MRUV.

Formalmente, podemos obter a aceleração instantânea através da expressão

    \[ a = \lim_{\Delta t \to 0} \frac{\Delta v}{\Delta t} = \frac{dv}{dt} \]

Na linguagem do cálculo diferencial e integral, dizemos que a aceleração (instantânea) é a derivada da velocidade (instantânea) em relação ao tempo.

O trabalho de uma força resultante será dado portanto por

    \[ \tau_r = \int_{x_i}^{x_f} m a dx = m \int_{x_i}^{x_f} \frac{dv}{dt} d x \]

onde a massa m “sai” da integral por ser uma constante.

O próximo passo requer uma regra de derivação que é ensinada em qualquer disciplina de “Cálculo I” de um curso universitário. Trata-se da regra da cadeia, que se trata de uma regra para derivar uma função composta, do tipo v=v(x), mas x=x(t), ou seja, v(x(t)), que costuma ser denotado como v \circ x(t) (famosa gof(x)!)

Pela regra da cadeia,

    \[ \frac{dv}{dt} = \frac{dv}{dx}\frac{dx}{dt} = \frac{dv}{dx} v \]

onde a velocidade instantânea  v  é a derivada da posição x em relação ao tempo:

    \[ v = \lim_{\Delta t \to 0} \frac{\Delta x}{\Delta t} = \frac{dx}{dt} \]

 

 

 

Assim, teremos então:

    \[ \tau_r = m \int_{x_i}^{x_f} v \frac{dv}{dx} dx \]

 

 

Em cálculo, se v=v(x), dizemos que dv, que é o diferencial de v, é dado por

    \[ dv = \frac{dv}{dx} dx \]

Portanto, com esta troca usando a identidade acima, ao invés de integrar na variável x,  conseguimos agora integrar na variável v:

    \[ \tau_r = m \int_{v_i}^{v_f} v dv \]

Por consistência, trocamos os limites da integração x_i e x_f (posições inicial e final) por v_i e v_f (velocidades inicial e final).

Após um curso básico de cálculo, você verá que a integral acima em v é bastante simples, e dá o valor v^2/2. Substituindo os limites da integração, obtemos novamente que

    \[ \tau_r = \frac{1}{2} m v_f^2 - \frac{1}{2} m v_i^2 \]

demonstrando assim o teorema trabalho-energia cinética para uma força unidimensional variável.

 

 

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